Um novo implante neural desenvolvido na Universidade da Califórnia, em San Diego, resolve o problema. O implante é uma tira de polímero fina, transparente e flexível que se adapta à superfície do cérebro. A tira está incorporada num conjunto de eléctrodos de grafeno minúsculos, circulares e de alta densidade, cada um com 20 micrómetros de diâmetro. Cada elétrodo está ligado por um fio de grafeno de um micrómetro a uma placa de circuitos.
Em testes com ratinhos transgénicos, o implante permitiu aos investigadores obter simultaneamente informações de alta resolução sobre dois tipos de atividade neural – a atividade eléctrica e a atividade de cálcio. Quando colocado na superfície do cérebro, o dispositivo registou os sinais eléctricos dos neurónios das camadas exteriores. Os cientistas utilizaram um microscópio de dois fotões para fazer passar luz laser através do implante. Conseguiram observar os picos de cálcio dos neurónios a uma profundidade de 250 micrómetros abaixo da superfície.
Os pormenores do dispositivo foram publicados na revista Nature Nanotechnology.
